A peça francesa é baseada em caso real de jovem tetraplégico e faz temporada no Tucarena.
Aos 19 anos, Amadeo, interpretado por Thales Cabral, adora videogames e sonha ser piloto de Fórmula 1. Certa noite, um caminhão destrói o carro que ele dirige e altera radicalmente o futuro do rapaz. Ele sobrevive em meio às ferragens retorcidas, mas quando volta do coma está preso a um corpo que já não age nem reage.
Ao seu redor, estão a mãe, os médicos, o capitão dos bombeiros que o salvou, a namorada Julia e o amigo Tomás. Eles tentam interagir com o rapaz imobilizado, trafegando entre a frágil esperança e a dor da realidade. Ao longo do espetáculo, o espectador vai acompanhar e avaliar as escolhas dos personagens do ponto de vista do protagonista.
A peça, escrita por Côme de Bellescize, estreou em 2012 no Théâtre de la Tempête, em Paris e faz uma reflexão sobre a eutanásia. É baseada em um caso real, o do jovem Vincent Humbert, que ficou tetraplégico, além de cego e mudo depois de um acidente automobilístico. Movendo apenas o polegar direito, conseguiu escrever um livro com o jornalista Frédéric Veille - Eu peço o direito de morrer. A repercussão foi tão grande que se proibiu na França o excesso terapêutico, permitindo ao paciente o uso de cuidados paliativos e até o direito de parar alguns tratamentos.
Foi a atriz e diretora franco-brasileira Janaína Suaudeau, formada no Conservatório Nacional de Paris, que se empenhou em trazer para o Brasil a peça após assistir em Paris.
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