Primeiro single do seu álbum de estréia "Nau" que será lançado esse mês.
A Cantora e compositora caririense Bia Neves, lançou “Marés”, o primeiro single de sua carreira ejá está disponível em todas as plataformas digitais.
"Marés" nasceu de reflexões na pandemia, que envolviam principalmente a percepção da passagem do tempo. A música fala de paisagens e lendas conhecidas da região em que cresci, e uso o ciclo da água para ilustrar essa percepção de que a vida é efêmera, de que cada momento é único, e que logo vai passar”. Diz Bia Neves.
Em entrevista exclusiva para Yellow Mag, Bia nos contou um pouco mais sobre a sua trajetória na música, inspirações e deu dicas valiosas para quem está começando. Se interessou? Confira, abaixo, a íntegra da conversa:
Yellow Mag: Como uma nova artista e lançando seu primeiro álbum, conta pra gente como foi essa imersão no universo da música.
Bia Neves: Foi algo muito natural e gradual. Eu cresci num meio muito musical, especialmente na família da minha mãe. Nos aniversários tinha sempre alguém com um violão, um microfone, e eu cantava junto com meus parentes. Depois, comecei a compor, e surgiu o desejo de compartilhar essas músicas e todas as mensagens que elas podiam levar pras pessoas.
Yellow Mag: Como surgiu o conceito do álbum?
Bia Neves: Apesar de não curtir muito tomar banho de mar, eu gosto muito dos símbolos que envolvem esse mundo. Então tentei juntar músicas que usavam essas figuras: embarcações, ondas, peixes, ilhas. Tudo isso para falar também da vida como uma jornada, viagem marítima.
Yellow Mag: Qual foi a fase mais difícil no processo de construção do álbum?
Bia Neves: Pra mim a parte mais difícil foi a produção. Eu sou uma pessoa bastante indecisa e insegura, então tomar decisões definitivas sobre arranjos, vozes etc... foi desafiador. A gente nunca está satisfeito, mas uma hora tem que se conformar e lançar.
Yellow Mag: Qual música sua você mais aposta que possa ser um sucesso no álbum?
Bia Neves: Eu já mudei muito de ideia em relação a isso. No momento, acho que o single Marés, principalmente porque as pessoas daqui do Cariri que escutam costumam se identificar. Ouça agora!
Yellow Mag: Quando você pensa em sucesso na música, que artista ou outro profissional lhe vem à cabeça? E o que essa pessoa tem que você mais admira?
Bia Neves: Pra mim sucesso na música é justamente essa liberdade, de poder lançar o que desejar quando desejar. E a Marisa Monte pra mim conseguiu isso. Mesmo que ela não tenha lançamentos frequentes, quando ela lança algo, todo mundo para ouvir e admira sabendo que vem coisa boa.
Yellow Mag: Qual a importância de um produtor na carreira de um novo artista?
Bia Neves: Pra mim foi essencial ter a ajuda de Milla Sampaio (minha produtora) nessa etapa. Ela me ajudou demais a alcançar a sonoridade que eu queria. Tudo fica mais fácil se o produtor é alguém que você̂ admira e que te admira também.
Yellow Mag: Como você enxerga a sua carreira daqui a 5 anos?
Bia Neves: Não faço a mínima ideia! Se alguém me dissesse há 5 anos que eu iria lançar um álbum agora, dificilmente iria acreditar. Mas o que quero é ter liberdade artística.
Yellow Mag: E por fim, qual seu recado pra galera nova que também sonha com seu lugar ao sol na música?
Bia Neves: Acho que é essencial ter boas referências. Não só́ de gente famosa que você̂ escuta no Spotify, mas artistas conhecidos com quem você̂ possa trocar ideia e crescer junto. Eu gosto de brincar que meus amigos artistas são meus fãs e meus ídolos. Esteja perto de quem acredita na sua arte e quer investir nela, não financeiramente, mas com partilha, tempo e admiração mútua.
SOBRE BIA NEVES: É uma cantora e compositora, criada na região do Cariri cearense. Também é viciada em aliterações. Em seu ato de estreia traz em suas canções reflexões de uma vida rodeada pelo cariri, sua cultura, sua família e o cotidiano extraordinário. "Nau", seu primeiro álbum, narra essa vivência com sensibilidade e cuidado, das fluidas melodias às palavras escolhidas a dedo e alma. Além disso, sua espiritualidade permeia sua música como um fio de esperança bordando o contraste entre finitude e eternidade, temas muito presentes em suas canções.
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