A obra é inspirada na guerreira do povo originário Mapuche que liderou quatro mil homens na Guerra de Arauco para libertar Wallmapu do genocídio e vingar a morte de seu marido e lonco, Huepotaén.
A artista Brisa Flow lançou no dia 3 de junho o terceiro álbum de sua carreira intitulado Janequeo.
Janequeo foi uma guerreira do povo originário Mapuche que liderou quatro mil homens na Guerra de Arauco para libertar Wallmapu do genocídio e vingar a morte de seu marido e lonco, Huepotaén. Após conduzir esse exército, foi caçada, nunca encontrada e acredita-se que se transformou em uma encantada da floresta. A obra, inspirada na história dessa grande mulher indígena, fala sobre amor, coragem e autonomia. Dirigido pela própria cantora, as músicas contam com produções que misturam rap com outras vertentes eletrônicas e de raízes originárias. O disco tem participações nacionais, como Ian Wapichana, Sodomita, Monna Brutal e Victor Prado, e internacionais, como Aby Llanque e Tidus.
“Esse disco é sobre narrativas que não sejam só violência e empobrecimento que, infelizmente, é o que nos rodeia. É uma obra para que consigamos ter um pouco de esperança no afeto e na força que nós temos. Acredito que as narrativas das guerreiras não foram contadas justamente para nos enfraquecer, para que nós não tivéssemos referências. Então é um álbum para que tenhamos referência de amor, de coragem e de autonomia, também dentro da indústria musical”, explica Brisa. “Em Janequeo, me atrevi a buscar sonoridades que muitas vezes foram consideradas complexas de se misturar. Eu sou conhecida por fazer música tecendo meus versos com outras musicalidades e sempre vou trazendo outras vertentes da música eletrônica. Esse disco traz rap com reggaeton, drill, trap, r&b, e house e feats com pessoas que venho desenvolvendo trabalhos e compartilhando vivências.”
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