Com parcerias de Chico César, Frederico Heliodoro e Uiu Lopes, o EP será lançado amanhã, 10 de março, para festejar os dez anos de carreira fonográfica.
"Verão", em língua portuguesa, é o nome dado à estação do ano que, aqui no Brasil, começa no fim de dezembro e segue até o final de março. Também, essa mesma grafia pode indicar o verbo "ver" conjugado na terceira pessoa do plural no futuro do presente do indicativo: “verão”. Gosto de pensar que a estação de dias longos e temperaturas elevadas guarda em si esse sentido de promessa, ou ainda, de esperança.
Quem viveu os últimos anos no Brasil, e não foi engolido por um afeto vil de cruel indiferença, sabe o quanto se esperou pela chegada deste verão em 2023 – e não chego a essa conclusão com os olhos vendados, tomado por um sentimento pueril, mas sim, fortemente aliviado pela possibilidade de respirar um ar menos denso, menos tóxico, apesar de tantos obstáculos pela frente. Penso que há nesse raiar de ano um sorriso guardado por tantos e tantos dias que deseja se expor largo. Há uma expectativa qualquer de vida próspera, de fase nova. E é assim, invadido por essa sensação, que lanço este EP, “Verão”, para celebrar a chegada destes dias.
São apenas três canções. Todas simples. Despretensiosas, até. Para cantarolar fácil. São todas canções de amor. E todas litorâneas. Com gosto de sal. E de sol.
A primeira delas, “Nítido Cristal Puro”, é um reggaeton misturado com samba-reggae, parceria com o jovem baiano e muito talentoso Uiu Lopes – letra minha, música nossa. Em seguida, “Maceió”, uma balada, eu diria, entre o fofo-song e o esotérico-song, parceria com o meu amigo, músico extraordinário, Frederico Heliodoro – letra minha, música dele. Por fim, “Até Caber ou Acabar”, uma parceria minha com o incrível Chico César, feita em julho de 2018 e guardada até hoje – letra dele, música minha. As canções foram produzidas com afetuosa calma por mim e pelo meu querido amigo, produtor deslumbrante, Fernando Rischbieter, nos estúdios da YB Music, onde, desde 2016, gravo e lanço os meus discos. Além de mim e dele, que tocamos e programamos diversos instrumentos, há a participação dos baixistas Thiago Leal e Klaus Sena, e da cantora e compositora YMA.
Em 2023, completo dez anos de carreira fonográfica. Este EP é o primeiro lançamento de uma série que planejo para comemorar a trajetória artística nessa conturbada, mas também, especial década. Por um lado, percebo que foram dez anos onde presenciamos, às vezes, com assombro, em outras vezes, com admiração, o mundo virar de cabeça para baixo. Por outro lado, sinto (e desejo!) que essas mudanças tenham se configurado como a semente para a gestação de novas e potentes formas para se estar aqui neste planeta.
As canções deste “Verão”, portanto, nascem assim, envolvidas por esse desejo de prosperidade, por essa vontade de se fascinar pela vida, pela vontade de renascer ainda uma vez mais, pela promessa do inesquecível. Que assim seja...
Sobre o artista: César Lacerda é considerado por diversos críticos especializados como um dos principais cancionistas brasileiros surgidos na geração dos anos 2010. A percepção desses críticos se baseiam em fatos, afinal, nos últimos dez anos, desde o lançamento do seu primeiro disco (“Porquê da Voz” – 2013), César vem colecionando êxitos: como compositor, está presente em mais de cinquenta álbuns, interpretado por artistas como Maria Bethânia, Gal Costa, Zezé Motta, Lenine e Maria Gadú; tem parcerias musicais com compositores de grande expressão como Ronaldo Bastos, Chico César e Jorge Mautner; e em nome próprio, já se apresentou em uma dezena de países (como Alemanha, Portugal, Espanha, Chile, Itália, Holanda, Uruguai, entre outros), sempre em espaços e festivais de grande relevância. Ainda além, já teve canções de sua autoria em novelas, como “Amor de Mãe” da Rede Globo; filmes, como “Pai em Dobro” da Netflix; e seriados, como “NCIS: Los Angeles” da CBS.
Acompanhe o trabalho do César Lacerda nas plataformas digitais de música e redes sociais.
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