Faixa é o segundo single do próximo seu álbum, “don’t rush greatness”, que chega em fevereiro.
Como é comum esperar de Gabrre, “none of them / hoje eu vou” só se revela completamente após algumas audições, mas há uma espécie de ‘saudade suave’ em sua melodia que se destaca imediatamente. Não parece com nada que o músico gaúcho lançou anteriormente, mas ainda soa como ele mesmo, de uma forma mais madura e concisa.
Escrita "para uma ex-namorada perfeita que na verdade nunca existiu", sobre "não ser completamente capaz de ser real com alguém de quem você realmente queria ser próximo", "none" vai direto para a melancolia com frases como "try not to call and invite old feelings to the party” e a sample based “se alguém me ama aí em cima no céu / hoje eu vou”. Há algo na atmosfera da faixa que leva o ouvinte de volta à primeira vez que se escutou new age dos anos 80.
As distintas guitarras saturadas de Gabrre brilham novamente; seus baixos e bateria saltam juntos e complementam-se como nunca antes, e você não pode deixar de se render à esperança aborrecida e upbeat na voz de Fetzner. No entanto, “none” continua sendo uma experiência interior altamente íntima, mas que você pode dançar.
A faixa vem acompanhada de um frenético videoclipe, que conta com mais de 1200 imagens selecionadas individualmente e organizadas de uma forma que absorve o espectador instantaneamente. Confira o videoclipe de “none of them / hoje eu vou” agora.
Sobre o artista: Gabrre é um multi-instrumentista, compositor e produtor brasileiro, radicado em Lisboa. Lançou seu álbum de estreia em outubro de 2020. Em “tocar em flores pelado”, Gabrre leva-nos numa road trip pela sua cidade natal de Gramado, uma pequena vila no extremo sul do Brasil. As canções parecem delírios lisérgicos, o tédio que consome a vida cotidiana, os romances e a busca permanente pela libertação. Ao contrário de outros nomes recentes, inclinados a revisitar a neo-neo-psicodelia de Tame Impala, Gabrre segue um caminho particular, expandindo os seus próprios domínios e direções criativas. O artista usa sua direção tortuosa como estímulo para suas próprias criações, uma estrutura que vai desde o uso inexato das vozes até o tratamento dado aos arranjos. Em 2023, Gabrre prepara o lançamento do seu aguardado segundo disco de estúdio, “don’t rush greatness”.
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