Ator fala dos diferentes projetos que realizou no audiovisual durante o ano, entre eles “Rensga Hits!”, série do GloboPlay, os filmes “O Novelo” e “Lima Barreto ao Terceiro dia”, e “Feio” recital poético performático que fez apresentações em São Paulo.
O ano de 2022 foi cheio de projetos realizados por Sidney Santiago Kuanza. O ator esteve em diferentes setores do audiovisual com projetos bem diferenciados. Começando em agosto, ele viveu o personagem Théo na série “Rensga Hits!” do GloboPlay. Na história ele e a irmã Thamires (Jeniffer Dias) formam uma dupla de cantores de sucesso quando crianças e agora precisam encarar as consequências da fama.
“Rensga hits” foi uma grata surpresa. Uma série popular que chegou em cheio no povo. Foi muito especial receber o carinho por este projeto. Ele tem uma originalidade e ao mesmo tempo simplicidade. Embarcar nessa histórica como um gêmeo foi incrível. Foi importante também do ponto de vista estético poder realizar esse personagem que está em um outro ambiente, em outra classe social e com valores que precisam ser combatidos. O público também entendeu e acolheu a necessidade dessa dupla. As redes sociais nos possibilitam estar mais próximos do público, e neste trabalho isso foi muito intenso. A música da dupla “Partiu paraíso” caiu no gosto da galera e isso foi muito especial – ressalta o ator sobre a série.
Além do streaming, Kuanza esteve nos cinemas com dois filmes: “O Novelo” de Claudia Pinheiro e “Lima Barreto ao Terceiro dia”, filme de Luis Antonio Pilar.
Foram duas grandes alegrias; dois dos filmes mais importantes da minha carreira, que estrearam ou cumpriram festivais. “O Novelo” nos rendeu prêmio de melhores atores no Festival de Los Angeles, um prêmio coletivo para 5 homens negros, atores que construíram juntos uma obra profunda sobre família, perdão e recomeço. No segundo semestre tivemos a estreia de “Lima Barreto ao Terceiro dia”, filme de Luis Antonio Pilar, onde tive a honra de dividir o papel título com o Luis Miranda, e realizar essa homenagem ao centenário de morte do autor – lembra.
Sobre “Lima Barreto, ao terceiro dia”, Sidney pode dividir o papel com Luis Miranda e revela uma curiosidade sobre a importância do ator na sua formação.
No início dos anos 2000 fui aluno do Luis Miranda. Estudei expressão corporal, ele era um ator do Grupo de Teatro da Vertigem que revolucionou a cena teatral do nosso país. E logo depois entrei na mesma faculdade que ele havia cursado 10 anos antes sendo um dos poucos alunos negros que conseguira estar naquela instituição a EAD/ ECA/ USP, ou seja, sempre estive ligado ao Luis. E desde sempre nutri muita admiração por ele e sua trajetória. Então quando em 2017 realizamos as filmagens eu já era íntimo dele enquanto artista. Tivemos uma preparação para fazer o filme muito intensa coma Marina Rigueira, que utilizou o método da Técnica Chubbuck. Foram muitos aprendizados. E o que chama a atenção nos bastidores é a humanidade desse ator – explica.
O trabalho de Kuanza com a figura de Lima Barreto não se encerrou com o longa, entre os meses de dezembro e novembro ele deu vida ao escritor no recital poético performático “Feio”, que narra fragmentos da vida do jornalista.
- Em “Feio” temos a figura de Lima em seu quarto, localizado em um subúrbio carioca, acompanhamos a sua intimidade e seu desejo subversivo pela criação de uma literatura militante – conta o ator sobre a performance que é a segunda montagem da trilogia “Masculinidades & Negritude” da ‘Cia Os Crespos’, eixo coordenado por ele, e que foi apresentada na Biblioteca Mário de Andrade República (SP).
Para 2023, Kuanza adianta alguns dos novos projetos já engatinhados.
Posso adiantar que estarei em mais uma produção para os cinemas, além disso o público poderá me assistir em uma nova função nas telinhas. É um projeto que tenho gravado nos últimos meses e que está me enchendo de alegria – finaliza Sidney.
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